O Ser Humano Semi Apático. (PORTAL)
Vida é algo de mão dupla, você aprecia e se encanta com a sua beleza, mas também sente a dor e o sofrimento que a morte engloba. Desde a minha perspectiva, Vida e Morte são uma mesma coisa tomando formas distintas. Para sentir a vida é preciso concordar em sentir a morte. E de alguma forma, o medo da morte, dor e sofrimento são tão grandes no ser humano que adquirimos a estratégia de construir barreiras entre nosso SER a MORTE e a Vida, as quais eu chamo de “Barra de Dormência”.
Ouvi dizer (e realmente não sei de onde) de que o contrário de Vida não é Morte, mas sim Dormência. E dormência é essa frenesi de repressão e alienação que aceitamos engolir em nosso cotidiano.
A barreira de dormência é constituída de tudo aquilo que nos dá a sensação de “alívio” da própria dor, como: drogas, filmes, eletrônicos, comida, sexo, compras e até a meditação ou o “pensamento positivo” pode ser usado para esse fim.
O propósito dessa “barra de dormência" é de nos manter estáveis, seguros e bem longe dos “perigos” que envolvem uma vida autêntica.
O propósito dessa “barra de dormência” é de nos manter acostumados à mesquinha vida que temos, para não enfrentarmos a insegurança que vem junto com a mudança.
O propósito dessa “barra de dormência” é de se matar ainda em vida, sem sentimentos, sem emoções, sem individualidade, sem riscos. Bem acomodados no centro do centro da nossa zona de conforto.
— Mas a morte, a dor e o sofrimento não são algo ruim? Por que eu me sujeitaria a eles então? Mesmo que isso significasse mais vida… também significaria dor.
O ser humano sofreria muito menos se soubesse sofrer. Essa tentativa frenética de categorizar “Bem” e “Mal” pode até funcionar no desenvolvimento da nossa percepção de perigo na pequena infância, mas esquecemos de atualizar a forma de ver o mundo depois de adultos, já que “Bom” ou “Ruim” não englobam todas as possibilidades e experiências da vida.
Como disse antes, vejo a Vida e a Morte entrelaçadas como uma coisa só. Então, sendo mais simples na resposta por motivos de priorização:
negar a dor que envolve um nascimento,
negar a morte das folhas no outono que servem ao adubo da primavera,
negar-se o incômodo que traz perceber que nós MATAMOS uns aos outros e ao próprio planeta em que vivemos,
é também negar e se dopar para a Vida que precede esses atos. E a Vida só é possível se nos incomodamos o suficiente para fazer algo a respeito do que nos incomoda.
Hoje o Ser Humano vive dopado. Dopado do próprio incômodo, acostumado a viver, ou melhor, não viver, apenas sobreviver dia após dia como um robô Programado pela Cultura Moderna de Massa.
Um robô que nem sequer consegue tomar uma atitude quanto ao fato de não trabalhar com o que ama e passar a maior parte da vida sem fazer algo de significante por si ou pela vida à sua volta.
E não nos culpo por isso, viver dopado não é só algo comum na cultura moderna, mas também é incentivado.
Se sentimos algo e contamos aos nossos amigos, a primeira ação deles é tentar nos tirar dessa sensação, dar soluções, dizer como não faz sentido o que sentimos ou tentar fazer com que “deixemos isso de lado” - isso quando nós mesmos não fazemos esse trabalho.
Você consegue perceber o quão enraizado isso está na nossa cultura e forma de viver?
— Sim. Mas porque criamos essa “Barra de Dormência"?
Nas minhas pesquisas até o momento, uma das possibilidades é de que pode ter sido um reflexo da falta de inteligência e experiência emocional das figuras de autoridade à nossa volta.
Ao termos sido crianças criadas em um contexto de inabilidade para lidar com as próprias emoções e sentimentos (que é o contexto atual da cultura moderna), presenciamos a reação explosiva ou implosiva de pessoas próximas a nós, que agiram assim porque tinham uma barra de dormência alta demais e ignoraram as próprias emoções até que elas ficassem tão grandes que a única ação possível fosse a reação.
Isso nos fez tomar a decisão de que sentir era algo ruim e que evitaríamos isso a todo custo, construindo uma barra de dormência… e é justamente por causa dessa barra de dormência que também explodimos e implodimos. E sem nem perceber, caímos em um ciclo sem fim de “adormecimento”, pois nossas explosões e implosões também incentivam as pessoas à nossa volta a reafirmarem suas próprias barreiras de adormecimento.
Outra possibilidade é de que como crianças criadas em um contexto de inabilidade emocional, não nos ensinaram a usar a informação e a energia das nossas emoções para fazer o que precisávamos fazer; e sendo incapazes de mudar o que precisava mudar à nossa volta, a única escolha que tivemos como estratégia de sobrevivência para lidar com a confusão, às vezes desconfortável, de estar com um alto nível de emoção sem saber direcionar a informação e a energia que elas trazem, foi decidir criar essa barra de dormência para nos adaptar à realidade à nossa volta.
(É possível que seja uma mistura das 2 possibilidades, com mais outras que eu ainda nem sequer percebi. Então te convido também a fazer parte dessa pesquisa. Como essa barra nasceu em você?)
Somos seres extremamente adaptáveis, se há um pequeno desconforto no lugar onde vivemos, como: cheiro de mofo, poluição ou muito barulho, acabamos nos adaptando para sobreviver, assim também se sentimos raiva por não respeitarem nossos limites na infância, e ninguém nos acolhe ou nos ensina a utilizar essa emoção, nos “acostumamos” a isso, tirando a nossa consciência do presente e do nosso corpo emocional para evitar lidar com o desconforto.
(Tirar a consciência pode ser desde “só desviar a atenção mesmo”, até ir ver TV, mexer no celular ou se “distrair”, para desviar a atenção de uma emoção mais viva.)
Essa estratégia de sobrevivência pode até ter funcionado na nossa pequena infância, quando realmente não podíamos resolver certos conflitos. Mas nós crescemos e as emoções ficaram trancadas em nós durante todo esse tempo enquanto crescíamos, esperando o dia que nos tornaríamos adultos para lidar com elas responsavelmente.
A idade adulta até chegou para o nosso corpo, mas como na cultura moderna não temos iniciações ou ritos de passagem para o estado de Ego Adulto, continuamos com um estado de Ego Infantil responsabilizando os outros pelas nossas vidas, e vivendo em um Baixo Drama banal. O resultado disso é que ainda não sabemos lidar com emoções. E continuamos a trancá-las dentro de nós, reprimindo-as cada vez com mais toneladas e toneladas de dormência.
As emoções são mensageiras dedicadas, se você não as escuta, elas voltam gritando ainda mais alto. Uma hora essa emoção explode e fere, física ou psicologicamente, você ou alguém que você ama…, outra hora a emoção vira uma dor no corpo…, depois uma doença e assim por diante…
Emoções não são ruins nem boas, emoção é emoção, assim como faca é faca. Uma faca usada para cozinhar é extremamente útil, uma faca usada para machucar funciona também, mas não é o tipo de experiência que eu quero cultivar na minha vida.
Do mesmo jeito, eu posso reprimir minhas emoções e reagir a elas quando explodem, vivendo a maior parte da minha vida semi apático e quando não dopado, reagindo às emoções de forma explosiva com as pessoas à minha volta ou implodindo comigo mesmo.
Ou posso experimentar algo diferente. Posso começar a observar do que é feita minha barra de dormência e baixá-la conscientemente para retomar o meu contato com as minhas emoções e as preciosas pérolas que elas têm para me oferecer. Posso estar tão cansado da minha vidinha monótona, que eu escolha descobrir um Novo Universo inteiro de Emoções Conscientes.
Adentrar ao PORTAL das Emoções Conscientes foi para mim descobrir a minha Autenticidade antes coberta por estratégias de sobrevivência, foi desvendar um mundo novo de interação e Conexão com a vida e os seres viventes a minha volta, foi reconhecer e honrar o Amor da raiva, o Amor da tristeza, e o Amor do medo. E não foi só adentrar em um novo mundo, como foi também deixar a prisão em que eu vivia. quem não aceita suas emoções vive em constante guerra consigo mesmo, e independente que você pareça mentalmente são, ou não, um lado seu sempre estará perdendo em uma guerra.
Então te faço uma proposta… uma perigosa proposta que pode custar toda a sua vida como você conhece, mas em troca te oferece possibilidades praticas para você viver oque o seu SER esta sedento por viver na Terra.
Ou você pode voltar a sua vida como você conhece…. e continuar a viver de novo e de novo as mesmas coisas, os mesmos problemas, a mesma vida. pelo menos até que o seu medo de viver a mesma vida seja maior que o medo de deixá-la.
A proposta que eu te faço é: faça um compromisso consigo mesmo, REAL, de nas próximas 9 Luas (algo como 8 meses) tornar possível em sua vida o estudo de TODAS as recomendações que eu vou deixar aqui: a leitura do livro, a leitura dos 2 sites, e a participação em um Expand The Box.
a decisão de mudar a sua vida está em suas mãos, não é uma brincadeira.
>Livro sobre Emoções Conscientes ~ Clinton Callahan
>Expand The Box — Uma imersão de iniciação ao Estado de Ego Adulto (foi o grande portal onde eu entrei em contato com esse universo das Emoções Conscientes).
Se você estiver comprometido com a sua vida, então pode me procurar quando precisar de possibilidades em sua jornada. Eu estou comprometido com o seu comprometimento.
Você pode checar também se eu ainda estou oferecendo :